NO CORAÇÃO DO ALTO MINHO
Ponte de Lima (5km)
A ponte romana que atravessa o Rio Lima neste local deu origem ao nome desta antiga vila. O primeiro foral foi-lhe concedido em 1125 por D. Teresa, a mãe do primeiro Rei de Portugal, antes ainda da fundação do reino.
No centro de uma região agrícola rica, onde é produzido o famoso Vinho Verde, o seu património integra um grande número de solares e casas apalaçadas, muitos das quais oferecem actualmente alojamento na modalidade de Turismo de Habitação.
Esta vila tradicional regista quinzenalmente grande animação no areal das margens do rio quando se realiza a feira originária da Idade Média, onde também se realiza em Junho outro evento tradicional “A Vaca das Cordas”. Em Setembro a vila volta a registar grande animação com a realização das Feiras Novas, as festas do concelho.
Viana do Castelo (20 km)
Viana do Castelo é uma das mais bonitas cidades do norte de Portugal. A sua participação nos Descobrimentos portugueses e, mais tarde, na pesca do bacalhau mostram a sua tradicional ligação ao mar.
A Viana do Castelo depressa se acede a partir do Porto, ou de Valença para quem vem de Espanha. Do monte de Santa Luzia pode observar-se a situação geográfica privilegiada da cidade, junto ao mar e à foz do rio Lima. Esta vista deslumbrante e o Templo do Sagrado Coração de Jesus, edifício revivalista de Ventura Terra, de 1898, podem ser o ponto de partida para visitar a cidade.
Viana enriqueceu-se com palácios brasonados, igrejas e conventos, chafarizes e fontanários que constituem uma herança patrimonial digna de visita. No Posto de Turismo pode-se pedir uma brochura e fazer percursos de inspiração manuelina, renascença, barroca, art deco ou do azulejo. Percorrendo algumas das ruas do centro histórico sempre se chega à Praça da República, o coração da cidade. É onde ficam o edifício da Misericórdia e o chafariz, quinhentistas, assim como os antigos Paços do Concelho. Não longe fica a românica Sé ou Igreja Matriz.
Caminha (30 km)
Povoação fronteiriça fortificada na foz do Rio Minho, foi palco de diversas lutas entre Portugal e Espanha, mas hoje em dia em que as relações entre os dois países são mais amistosas, um ferry-boat diário une as duas margens do rio.
No meio do estuário, numa ilhota, permanecem as ruínas do Forte da Ínsua, edificado no séc. XV para defesa da entrada da barra.
Mas nem só do passado vive esta região. Em Vilar de Mouros, lugar pitoresco de beleza rústica, situado a cerca de 6 kms a norte, realiza-se em Agosto um concorrido Festival de Música moderna, que foi o primeiro do género a ter lugar em Portugal.
Arcos de Valdevez (22 km)
Habitada desde a pré-história, como o testemunham os diversos achados arqueológicos de que se destaca o Núcleo Megalítico do Mezio, a vila situada num vale atravessado pelo Rio Vez conserva todo o encanto que caracteriza o Alto Minho – paisagens verdejantes e uma arquitectura tradicional em que sobressaem as casas solarengas.
Parte do concelho de Arcos de Valdevez está inserido no Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde a natureza conserva todo o seu encanto original e esconde aldeias comunitárias como o Soajo, em que as populações mantêm os seus usos e costumes ancestrais.
Ponte da Barca (25 km)
Situada numa região verdejante à beira do Rio Lima, pensa-se que Ponte da Barca foi buscar o seu nome à barca que fazia a ligação entre as duas margens, antes da ponte ser construída no séc. XV. Esta região era anteriormente conhecida por Terra da Nóbrega ou Anóbrega que se pensa derivar do nome romano “Elaneobriga”.
O centro histórico da vila com casas solarengas (algumas adaptadas a Turismo de habitação) e belos monumentos dos sécs. XVI-XVIII merece uma visita cuidada, bem como os seus arredores, em que se destacam a Igreja românica de Bravães do séc. XIII e o Castelo do Lindoso (séc. XIII) que teve um papel importante na defesa da região.
Na região Demarcada dos Vinhos Verdes, parte deste do concelho está inserido no Parque Nacional da Peneda Gerês, que oferece excelentes para actividades desportivas e de lazer.
Parque Nacional da Peneda Gerês (35 km )
No extremo noroeste de Portugal, entre o Alto Minho e Trás-os-Montes, a Serra da Peneda em conjunto com a do Gerês constituem a única área protegida portuguesa classificada como Parque Nacional. É um mundo à parte em que a atividade humana se integra de forma harmoniosa na Natureza, preservando valores e tradições muito antigos bem patentes nas aldeias comunitárias de Pitões das Júnias e Tourém.
Em todos os tons de verde, a vegetação exuberante que cobre as serras inclui uma floresta de azevinho, única a nível nacional, e espécies endémicas como o lírio do Gerês, que alegra os campos com os seus tons de azul-violeta. Os terrenos, muito montanhosos, são atravessados por rios e ribeiras que correm rapidamente e se precipitam em cascatas, encontrando a placidez nas albufeiras de barragens como a Caniçada, Vilarinho das Furnas ou Portela do Homem. As paisagens são deslumbrantes.
Observe com atenção, pois talvez consiga avistar um corço (símbolo do Parque) ou o seu predador, o lobo ibérico. Mais comuns, são os garranos, pequenos cavalos selvagens que correm livremente pelos montes. Provavelmente, também vai encontrar bovinos de raça barrosã e os cães de Castro Laboreiro, de pelo escuro, guardando os rebanhos que ao ritmo das estações se deslocam entre as brandas e as inverneiras.
Mas se pretende gastar energias não lhe faltarão oportunidades, já que vai encontrar condições para a prática de atividades como o canyonning ou a canoagem. Se deseja apenas passear, siga o traçado sinuoso e bem conservado da geira romana e admire os marcos miliários que têm quase dois mil anos ou escolha outros percursos em que poderá admirar antas e dolmenes, castelos medievais ou mosteiros e santuários, perfeitamente integrados na paisagem.
Braga (35 km)
A construção da “Bracara Augusta”, sede jurídica romana, iniciou-se em 27 a. C. no Império de Augusto. Integrou então as vias do Império que atravessavam a Península Ibérica, comunicando com Roma, o que comprova a importância da cidade no território. Em 216, o Imperador Caracala elevou-a a capital da província da Galécia e, no mesmo século, a Diocese de Braga foi criada, sob jurisdição do Bispo Paterno.
A Sé de Braga, a mais antiga do país, foi a maior referência religiosa em Portugal ao longo dos séculos e o dito popular “mais velho do que a Sé de Braga”, para referir alguma coisa com muito tempo, é elucidativo do seu valor. Sempre marcada pela acção eclesiástica, que se reflectiu no enriquecimento da cidade, podemos dizer que o séc. XVI e o séc. XVIII foram as épocas de ouro da sua história e do seu desenvolvimento
A industrialização e a fixação da Universidade contribuiram muito para o desenvolvimento actual da cidade que se manteve fiel à tradição religiosa secular, revivida intensamente todos os anos durante as Solenidades da Semana Santa e na Festa de São João Baptista, em Junho. São boas oportunidades para conhecer Braga, passeando-se pelo Centro Histórico ou relembrando um dos Caminhos de Santiago que por aqui passava.
Guimarães (50 km)
Guimarães é considerada a cidade berço de Portugal porque aqui nasceu Afonso Henriques que viria a ser o primeiro rei de Portugal.
Associado à formação e identidade de Portugal, o centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado Património Mundial pela Unesco com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado.
A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros. Por momentos imaginamo-nos num cenário medieval, onde a nobreza foi construindo as suas moradias como a casa Mota Prego, o Palácio de Vila Flor, do Toural e tantos outros que dão a Guimarães uma atmosfera única.